quarta-feira, 27 de junho de 2012

TRE discute "Cotas para Mulheres" na Política


Seminário discute "Violência contra Mulher" em Plataforma



Fórum de Mulheres Negras discute "Racismo e Sexismo"


Semur discute IBGE 2010 em Salvador


II Encontro de Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária.


Entre os dias 3 e 6 de julho, de 2012, acontece o II Encontro de Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária. O Encontro será sediado no Teatro Caetano Veloso, da Universidade do Estado da Bahia, no Cabula.

O evento faz parte do processo da pesquisa que se desenvolve no bairro do Cabula e bairros adjacentes, numa perspectiva de integração dos diversos sujeitos sociais que compõem o universo do estudo. É a segunda vez que se realiza o encontro, aprofundando e sistematizando com mais vigor as atividades integrativas, tanto do ponto de vista do conhecimento, quanto das ações propriamente ditas, com a participação efetiva das Associações de Bairros, das Cooperativas de Produção e das Associações Culturais, tanto dos Movimentos Musicais, quanto de Teatro, Artesanato, e outros, buscando dar visibilidade e reconhecimento às diversas produções sociais, políticas e culturais que se desenvolvem no entorno de Salvador.
Esta pesquisa tem possibilitado a Universidade através dos diversos professores, estudantes e pessoas que formam a população dos diversos envolvidos neste processo, uma rica experiência de produção de conhecimento e outros modos, contribuindo para sua legitimação na sociedade.
Além das conferências e relatos de experiências, serão feitas oficinas de trabalho e também acontecerão a I Mostra de Produção Cultural Arte no Cotidiano, e a IV Mostra Cultural Arte no Cotidiano.
São esperados mais de 600 participantes, sendo as inscrições feitas no local, antes das atividades. Apenas os expositores e artistas deverão manter contato prévio com a produção do evento.
De acordo com a coordenadora do projeto, Francisca de Paula, o encontro objetiva estimular o cooperativismo dentro das comunidades de bairros populares de Salvador, sensibilizando-os quanto à sua cultura, atrativos turísticos e legado de gerações, predominantemente, das etnias, negra e indígena.

EIXOS TEMÁTICOS :

http://turismodebasecomunitaria.wordpress.com/eixos-tematicos/


Evento: Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária
Quando: 3 a 6 de julho de 2012
Local: Teatro Caetano da Universidade do Estado da Bahia
Contatos:
(71) 3117-2320
rtuarss@gmail.com

Mulheres articulam atividades na sede da SPD

 
Representantes do Movimento de Mulheres Negras da Bahia , reuniram-se na tarde desta terça (26/06), às 16hs, na Spd Sociedade Protetora Dos Desvalidos para finalizar as articulações feitas para as atividades realizadas em Salvador em comemoração pelo Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha , realizado no mês de Julho. Agradecemos aos dirigentes Osvalrizio Espirito Santo e equipe da SPD pelo acolhimento em nossa reunião preliminar.

terça-feira, 12 de junho de 2012

25 de Julho de 2012 -Dia Municipal da Mulher Negra

 
Na última sexta-feira (06/06/12),em reunião da ECOPA, surgiu a proposta de juntos FIEMA, SPM e SEMUR construírem uma agenda comum para o mês de julho em homenagem ao 25 de Julho Dia Municipal, Latino Caribenho da Mulher Negra.As reuniões preparatórias para o "25 de Julho de 2012 -Dia Municipal da Mulher Negra" já possuem calendário e ,neste sentido,convidamos a todos os interessados para participarem na sede da SPM Salvador.
 
Ciclo de Reuniões :
 24/07 SPM/SSA 
 25/07 SEMUR 
 26/07 SPM/SSA
  
31/07 FIEMA
Informações: Fiema Secult Contato: 71 2105 2745 ou 71 99465117 ou 8782 9407 (Rose Rozendo)

Oficina: Bricolagens Digitais

 
Muitas representações das mulheres na mídia criam estereótipos a partir de imagens que sugerem a mercantilização do corpo e coisificação das mulheres. Mas, à revelia dessa representação hegemônica como objetos de consumo, há muitas mulheres ativas e atentas aos conteúdos e imagens veiculados sob a perspectiva de gênero na mídia. Nem sempre satisfeitas com essas representações, as mulheres tem pautado o debate público e algumas reclamações junto a órgãos reguladores tem surtido efeito, como nos casos de propagandas da marca de lingerie Hope e da cerveja Devassa, em que houve intervenção do Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária) e da Secretaria de Políticas para Mulheres. A proposta desta oficina inspirada no princípio do faça-você-mesma – é de intervir diretamente em conteúdos publicados na internet, criando novas representações mais próximas do que as mulheres da oficina desejam ver. Serão usados softwares tais como Gimp, Inkscape, Agave, editor de texto e internet.

Metodologia 
A partir de pesquisas na internet sobre conteúdos relativos às mulheres e questões sensíveis às participantes da oficina, serão realizadas intervenções e edições desses conteúdos, utilizando softwares livres de edição gráfica. A ideia é realizar uma bricolagem, editando imagens e textos da web, criando novas representações. As produções da oficina serão publicadas num blog feito pelas participantes.

Carga Horária: 12h. aulas, A oficina foi adiada para os dias 18,19 e 20 de junho, entre as 14 e as 18h (três sessões),por motivos de saúde da docente. Por favor, quem já mandou inscrição, re-envie confirmando disponibilidade para realizar o curso na nova data. Ainda há vagas! Inscrições até dia 15/6.

Público: 12 vagas (para mulheres)

Docente: Thaís Brito. Jornalista e pesquisadora com atuação nas áreas de tecnologias, mídias e culturas digitais. É organizadora da publicação web Contracultura Digital, realiza o Cine Kurumim: Mostra Audiovisual Indígena e o Espalha a Semente: Software Livre em Aldeias.

Inscrições:  Envie mensagem a ciberfem@gmail.com, até o dia 15 de junho, indicando:
nome:
instituição:
motivo para fazer o curso:
 
Organiza: Labdebug. Projeto de Pesquisa e Extensão “Mulheres e Tecnologia: teorias e práticas na cultura digital”, coordenado por Graciela Natansohn (FACOM/UFBA) e Karla Brunet (IHAC/UFBA) com apoio do CNPQ e Fapesb.

Fórum Baiano do Livro e da Leitura


Caros amigos (as)!

A primeira Assembléia do Fórum Baiano do Livro e da Leitura será no próximo sábado, dia 16 de junho, às 9 horas, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.Esperamos você para fortalecer nosso grupo em busca de políticas públicas favoráveis a formação do leitor e de mediadores de leitura.

Desde o lançamento, 28 de abril de 2012, a equipe que constitui a Secretaria Executiva deste Fórum vem trabalhando para sistematizar e organizar a estrutura e funcionamento dele de maneira que garanta o alcance dos seus objetivos. Nesta perspectiva, foram definidas as metas para 2012, a saber:
  • Realizar duas mesas redondas com os candidatos à prefeitura de Salvador
  • Realizar duas mesas redondas com candidatos à câmara de Vereadores
  • Realizar audiência pública na câmara de vereadores e na assembleia legislativa
  • Contato com parlamentares da Frente Parlamentar Mista do Livro e da Leitura
  • Estabelecer articulação com pelo menos 3 municípios, por meio  de Comitês Proler, Bibliotecas Públicas, Pontos de Leitura etc. para estende as ações do Fórum Baiano do Livro e da Leitura
Os Grupos de trabalhos (GTs) estão organizados seguindo os 4 eixos do Plano Nacional do Livro e da Leitura –PNLL :
  • Democratização do acesso
  • Fomento à leitura e à formação de mediadores
  • Valorização da leitura e da comunicação
  • Desenvolvimento da economia do livro


Atenciosamente,
Ladailza Teles
Assistente Social
Secretaria Executiva Fórum Baiano do livro e da Leitura
SOFIA Centro de Estudos/Biblioteca Comunitária Paulo Freire
(71) 33984336     88166446

"Questão Racial " é discutida na Rio+20


Dia 15
17h00 às 18h30 – Seminário “Questão Racial e Desenvolvimento Sustentável”
Promoção Seppir
Local: Pavilhão Brasil.

Dia 15

... - Fórum Equidade de Gênero - Pressuposto para o desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza (Tema: Igualdade de Gênero, da Diversidade Sexual e Racial)
Promoção Fiesp

Atividade no Pier Mauá
Promoção Ministério das Comunicações
Seppir
(17 a 22 de junho)

Dia 17
16h00 – Roda de Conversa: Apropriação tecnológica na perspectiva dos povos e comunidades tradicionais.

Dia 18
10h00 –Roda de Conversa “Ancestralidade Africana no Brasil” e Lançamento do livro “Contos e Crônicas do Mestre Tolomi”

Dia 19
11h00 – Oralidade e Web (as tradições conectadas via internet): Como a internet pode contribuir para o fortalecimento das tradições orais.

Dia 20
17h30 – Povos Tradicionais e Comunidades Indígenas – Valorização do conhecimento

Dia 21
10h00 – Roda de Conversa: Povos Tradicionais de Matriz Africana – Território e Desenvolvimento Sustentável.

Dia 22
11h00 – Roda de Conversa “Ancestralidade africana no Brasil” e Lançamento do Livro “Contos e Crônicas do Mestre Tolomi”.

Dia 22
16h00 – Oralidade e Web (as tradições conectadas via internet): como a internet pode contribuir para o fortalecimento das tradições orais.

Dia 19
Leaders' Forum on the future women want - Gender Equality, Women's Empowerment for Sustainable Development.
Promoção ONU Mulheres

Dia 20
17h30 às 19h30
Seminário “Povos Tradicionais e Comunidades Tradicionais: Valorização do Conhecimento”
Local: Arena Socioambiental - Parque do Flamengo
Promoção Seppir/MDS

Lançamento do Vídeo "Favela Como Modelo Sustentável"


Durante a Cúpula dos Povos da Rio+20, a Comunidades Catalisadoras (ComCat) é responsável por monitorar turistas e jornalistas as comunidades do Rio.

Dia 15 (6a-feira): 16h30-18h30


LANÇAMENTO, FERRAMENTAS E DEBATE

Lançamento do Vídeo "Favela Como Modelo Sustentável", apresentação das ferramentas da Ecocity Builders e debate com lideranças de favelas do Rio de Janeiro. Local: (sala tenda) t1d Sal...a Dragão do Mar - Território do Futuro

Favela é mesmo um problema? Ou encontramos nelas boas práticas de sustentabilidade surgidas de forma orgânica e outras qualidades importantes para o dia de hoje? Venha ver o vídeo que a ComCat preparou desde fevereiro em 8 comunidades cariocas, seguido por um debate com as comunidades participantes.

Dia 16 (sábado): 9-11h

CONSTRUÇÃO DE UMA NARRATIVA COLETIVA DAS FAVELAS DO RIO DE HOJE

Qual a importância da narrativa coletiva construida pela sociedade em torno da "favela"? Como essa narrativa tem mudado? Onde estamos hoje? Iremos construir conjuntamente uma narrativa, baseado na participação de todos. Local: (sala tenda) t1d Sala Dragão do Mar - Território do Futuro

A dinâmica será voltada para moradores e lideranças das favelas do Rio e o público em geral. Juntos construiremos uma narrativa coletiva e legítima sobre as questões cruciais sobre as favelas do Rio do ponto de vista dos moradores das comunidades. A equipe da ComCat irá apresentar uma série de slides com imagens e frases sobre a perspectiva das favelas no Rio de hoje, e a dinâmica garantirá oportunidade para todos se envolverem.

Dias 15-29: diversos horários

VISITAS EDUCATIVAS COMUNITÁRIAS

Desde 2004, em parceria com organizações comunitárias, a ComCat vem oferecendo visitas comunitárias educativas para jornalistas, ativistas, pesquisadores, urbanistas e arquitetos de todo o mundo que desejam uma experiência mais profunda e mais envolvente no Rio de Janeiro e suas favelas. O objetivo das visitas é gerar mais conhecimento em torno das favelas do ponto de vista dos moradores das comunidades, trazendo a luz uma visão positiva e construtiva sobre as comunidades do Rio.

Em uma pesquisa realizada pela ComCat em março de 2012 em 6 cidades norte-americanas, aferimos que 79% dos norte-americanos que haviam ouvido falar em favelas mas não haviam visitado as vêem desfavoravelmente; entre os que já visitaram o resultado é que 72% as vêem favoravelmente.

A ComCat está convidando visitantes internacionais para conhecer as favelas da cidade em primeira mão durante o evento, e, assim, ajudar a equilibrar as percepções internacionais destas comunidades.

"Liberdade de Imprensa Sim!Violação aos Direitos Humanos Não!"


Pratos recheados de assistencialismo, dramaticidade, hilaridade e musicalidade compõem o cardápio do almoço na TV baiana. Com ingredientes que perpassam a solidariedade, o ideal de justiça e a espetacularização da notícia, os programas de pretensões populares - que alguns chamariam de popularescos - têm dominado a televisão da Bahia, sob o louvor de um público grandioso e a incredulidade de profissionais que atuam nas universidades de jornalismo e variadas especialidades do Direito.
Desde que esses programas começaram a ganhar força no Estado, principalmente com a estreia do Programa Na Mira (TV Aratu, afiliada do SBT), em 2008, discussões sobre os limites das abordagens jornalísticas e reiterações dos principios que regem os Direitos Humanos passaram a ser confrontados.
Hoje, com três programas apenas no horário do almoço (Se Liga Bocão, na Record Bahia; Brasil Urgente, na Band Bahia; e Na Mira, na TV Aratu), tais discussões saem das telas de TV, das universidades e dos reguladores judiciais, alcançando as ruas. Quais são os constrangimentos causados pela violência e pela morte? Qual o poder e dever do jornalismo? Qual a real obrigação do Estado?

Ruas - A dona de casa Rosimeire Barbosa Santos, 45 anos, moradora do bairro de Jardim Cruzeiro (Cidade Baixa), costuma ligar sua TV na hora do almoço e assistir ao programa "Se Liga Bocão". Entre um intervalo e outro gosta de dar uma espiada no Bahia Meio Dia, na emissora afiliada da Rede Globo. "Sinto que Bocão tem uma tendência policial, indo fundo nos problemas passados nos bairros. O outro tem uma tendência mais social. Meu controle (remoto) passeia pelos dois canais", relata sua experiência televisiva.
De forma crítica, a dona de casa avalia que há exageros na forma com a notícia é exposta e apresentada nos programas da Record Bahia, considerando exagerada a forma como repórteres abordam os presos, mesmo desconhecendo as participações dos suspeitos nos crimes.
Em contrapartida, também pontua que é por meio desta programação que os moradores de bairros mais pobres se identificam. "Infelizmente, já vi vários conhecidos sendo presos nestes programas. É por meio deles que a realidade destes bairros pode ser observada", relata.
Também posicionando-se como telespectadora dos programas populares, a trabalhadora doméstica Alda Stella Rocha da Silva, 47, moradora do Vale das Pedrinhas, procurou a Record Bahia e TV Aratu, com a esperança de encontrar o pai, sumido desde o dia 30 de maio. "Minha procura segue por todos os cantos da cidade. Esses programas são a minha esperança", desabafa.

Telas - Os relatos das ruas inspiram Pablo Reis, diretor do programa Na Mira. "Fazemos diagnósticos diários sobre os contéudos apresentados e, a partir disto, apresentamos pautas contundentes. Mais do que com situações, trabalhamos com temas", explica.
Também formado em jornalismo, o diretor de TV não nega que o programa já tenha cometido erros, principalmente em sua gênese. "Por termos sido o primeiro a destacar a segurança pública como tema central, acabamos nos ajustando com a experiência. Por exemplo, se alguém era preso por suspeita de roubo, dizia-se que era ladrão. Hoje temos maior segurança ao tratar destes assuntos", acrescenta.
Pablo revela que o programa já assinou Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), por meio de exigências do Ministério Público (MP), e está mais consciente do seu papel, respeitando inclusive quando o suspeito de um crime não quer aparecer. "Mas, há uma coisa que sempre digo ao repórteres: Do mesmo jeito que os direitos de quem é entrevistado deve ser respeitado, o do jornalista não deve ser esquecido. Eu acho que não podemos nos censurar de perguntar", argumenta.
Em meio à entrevista a pergunta: - Se o problema da segurança pública afeta a todos - independente de classe social - por que os personagens centrais das histórias contadas são sempre pobres e moradores da periferia? Será que é porque esse público desconhece os direitos de permanecerem calados?
Contundente, o diretor afirma: "Não posso falar por outras emissoras, mas quanto ao nosso trabalho afirmo que do Corredor da Vitória à Periperi, todos são tratados da mesma forma. Quem afirma o contrário, critica pelo que ouve falar, não pelo que é exibido", conclui.

Misérias - Os profissionais que pesquisam este tipo de programação - tanto nas universidades, como nas associações de defesa dos Direitos Humanos - não só discordam do diretor de TV, Pablo Reis, como cobram da Justiça ações efetivas de combate a exploração da miséria humana nos programas baianos.
Segundo o jornalista Pedro Caribé, diretor nacional do Intervozes (associação civil sem fins lucrativos) e integrante do Conselho Estadual de Comunicação, os direitos inviduais estão acima da liberdade de expressão. "Não consigo ver uma função social. O público acaba gostando destes programas porque são meios por onde se veem na sociedade do espetáculo. Eles nunca aparecem como fontes técnicas, só como protagonistas de tragédias", considera.
Para o ativista, o discurso de que tais programas combatem a violência não é verdadeiro. "Do ponto de vista da análise do discurso, eles incitam comportamentos violentos ao mostrar a ideia de um "sistema bruto", onde o que importa entre o céu e a terra é o "na mira estar entre eles", compara os jargões.
Outra fantasia apresentada por esses programas, segundo Caribé, é de que estão mostrando a verdade, nua e crua. "A verdade é e pode ser construída de diversas formas. Pelo que veiculam, a vida das pessoas pouco importa, a não ser a audiência", completa.

Macabro - Conforme o diretor da Faculdade de Comunicação da Bahia (Facom) e coordenador do Centro de Estudos em Análise do Discurso e Mídia (Cepad), Giovandro Ferreira, pode-se dizer que estes programas fazem jornalismo quando se leva em conta que reportam as novas do dia (por isso a função do repórter), comumente relacionados a casos de segurança. "Entretanto, uma coisa é informar e outra coisa são as notícias que são divulgadas e o deserviço que prestam", pondera.
Além disso, o pesquisador pontua que o ser humano se interessa pela morte, motivo que centraliza a audiência desta programação, como também se interessa pela origem da vida e pela vida após a morte. "O problema não é abordar estes assuntos, mas sim a forma como se aborda", salienta.
Para Giovandro, as delegacias tornaram-se locais de espetáculo midiático. "Há uma convergência de erros em torno dessa aberração vista: a omissão dos poderes públicos e empresas privadas (financiadores)", avalia.
Assim como o diretor da Facom, o jornalista Caribé acredita que há uma total inoperância da Justiça na avaliação destes programas, já que as imagens são feitas, em grande maioria, nas próprias delegacias. Para ele, as portarias que acabam controlando o acesso da imprensa nestes espaços, permitem que os delegados avaliem se vale ou não que os presos sejam expostos na imprensa. "Eles nunca entrevistariam um "rico" sem a intermediação de advogado. Do outro lado, os programas incitam que os pobres, suspeitos de crimes, criem provas contra si mesmo", argumenta.
Diante de tantos "palpites" - das ruas, das telas e das universidades - faltou o argumento do Ministério Publico do Estado sobre o assunto. Procurada pela equipe de A TARDE, a assessoria da unidade não emitiu um parecer sobre o assunto até o fechamento desta matéria.

Fonte:  Henrique Mendes (Jornal A TARDE)

"Racismo e Saúde" são discutidos em Salvador

 
A Secretaria Municipal da Reparação (Semur) realiza nesta quarta-feira (13), a palestra "Racismo e Saúde: Determinantes Sociais na Saúde da População Negra", voltada para a população e gestores de saúde do município. O encontro será realizado às 8h30, no auditório da Faculdade Dom Pedro II, no Comércio.
 

"Controle Social" é discutido em Cajazeiras X

 
Palestra "Controle Social (Recursos públicos / políticas públicas). O Papel do Estado e das Organizações da Sociedade Civil" com Patrícia Bernardes (Bernardes Comunicação Ssa); Sérvio Túlio Moura; Ana Paula; Luiz Cunha; Daniel Miranda, dia 16/06/12, no Pólo UNOPAR Cajazeiras – Colégio Sol Nascente. Rótula da Feirinha. Cajazeiras X. Ao lado da Loja Claro. 
Horário: das 8:30h às 13h.
Realização: Construindo Ações
 
 

Cepaia discute desafios da pesquisa em Salvador

 
Bate-Papo:" QUAIS OS DESAFIOS DO PESQUISADOR DO SÉCULO XXI DIANTE DAS TURBULÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO DA SUA PESQUISA NA BAHIA" com Patrícia Bernardes (Bernardes Comunicação Ssa) dia 14/06/12,às 14hs, no Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio- Americanos (CEPAIA).

Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil

 
Foi lançada nesta terça (12/06), em Brasilia, a Campanha 2012 de combate ao trabalho infantil. Com o tema "Vamos Acabar com o Trabalho Infantil em defesa dos Direitos Humanos e da Justiça Social", a mensagem convoca a comunidade, governos, empregadores e trabalhadores a se mobilizarem para a proteção de crianças e adolescentes contra este tipo de prática ilegal. A atividade marca o dia mundial de combate ao trabalho infantil e foi lançada em parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.

Mapa da Violência 2012 revela que 91 mil mulheres foram assassinadas de 1980 a 2010


enviado por 
Colegiado do Metropolitano de Salvador
Território do Metropolitano de Salvador (TMS)

Como complemento do Mapa da Violência 2012, o Instituto Sangari divulgou há poucos dias um caderno especial sobre homicídios de mulheres no Brasil. Devido à relevância e gravidade do assunto, o Instituto preparou um material específico para alertar e informar a sociedade brasileira e o poder público sobre esta problemática.
O Caderno Complementar Homicídios Femininos no Brasil fez um histórico dos assassinatos de mulheres ocorridos de 1980 até 2010 é constatou que foram assassinadas no Brasil quase 91 mil mulheres, 43,5 mil só nos últimos dez anos. De 1980 a 2010 o número de assassinatos passou de 1.353 para 4.297, aumento de 217,6% na quantidade de vítimas fatais.
Os crimes apresentaram um crescimento maior até o ano de 1996. A partir deste ano, as taxas foram se estabilizando em torno de 4,5 homicídios para cada 100 mil mulheres. O relatório destaca ainda que em 2007, ano em que a Lei Maria da Penha entrou em vigor, os assassinatos apresentaram uma leve queda, mas rapidamente as cifras anteriores foram retomadas.
Em 2010 foram 4.297 casos, o que representa uma média de 4,4 assassinatos por 100 mil mulheres. Com essa cifra, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil se insere na 7ª posição em uma lista com 84 países. Nos primeiros lugares estão El Salvador, com taxa de 10,3 homicídios para cada 100 mil mulheres, Trinidad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6).
O Estado que puxa o Brasil para a 7ª posição é, em primeiro lugar, o Espírito Santo, já que apresenta mais que o dobro da média brasileira com taxa de 9,4 homicídios em cada 100 mil mulheres. A região é seguida por Alagoas (taxa de 8,3 em cada 100 mil mulheres), Paraná (6,3), Paraíba e Mato Grosso do Sul (ambos com taxa de 6,0).
Na outra o ponta Piauí, com taxa de homicídios de mulheres de 2,6, é o Estado com o menor índice de assassinatos. Junto a esta região vem São Paulo (taxa de 3,1), Rio de Janeiro (taxa de 3,2), Maranhão (taxa de 3,4) e Santa Catarina (3,6).
Com relação aos instrumentos usados para praticar os crimes, o relatório destaca que metade dos assassinatos de mulheres é cometida com armas de fogo. Outros instrumentos utilizados para o homicídio são objetos que exigem contato direto, como objetos cortantes ou penetrantes, objetos contundentes, além de sufocação ou estrangulamento. O Caderno Complementar também destaca 40% dos crimes contra as mulheres são cometidos em sua própria residência ou habitação.
O Instituto Sangari apurou ainda que até os 14 anos de idade das vítimas, os pais são os principais responsáveis pelos incidentes violentos. Até os quatro anos, são as mães. A partir dos dez anos predomina a figura paterna.
"Esse papel paterno vai sendo substituído progressivamente pelo cônjuge e/ou namorado (ou os respectivos ex), que preponderam sensivelmente a partir dos 20 anos da mulher até os 59 anos. A partir dos 60 anos, são os filhos que assumem o lugar preponderante nessa violência contra a mulher, revela o Caderno especial.
As mulheres se transformam em verdadeiras vítimas a partir dos 15 anos e permanecem até os 29, com maior registro de violência e assassinatos no intervalo entre 20 e 29 anos, que é o que mais cresceu nos últimos dez anos. O relatório do Instituto Sangari destaca que a partir dos 30 anos, a tendência é de queda.
Os dados divulgados no Caderno Complementar do Mapa da Violência 2012 são uma tentativa de ajudar, com informações, o poder público e demais autoridades responsáveis a elaborarem estratégias mais efetivas de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher. Para isso, o Instituto Sangari garante que vai continuar a elaborar o estudo sobre esta problemática para que o material possa servir de subsídio aos que trabalham em favor da causa.

Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=67161