sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

UBM cobra rigor no combate à violência contra a mulher



Um ato em frente à sede Polícia Civil da Bahia, na manhã desta quarta-feira (20), em Salvador, cobrou rigor na punição dos integrantes da banda de pagode New Hit, acusados de estupro coletivo contra duas menores, no município de Ruy Barbosa, há seis meses. Representantes da CTB-BA, União Brasileira de Mulheres (UBM) e União da Juventude Socialista (UJS) protestaram contra a manobra de adiar o julgamento para que o caso caia no esquecimento. As militantes também defenderam a necessidade de fortalecer a rede de combate à violência contra a mulher, no estado.
 A secretária de Mulheres da CTB-BA, Rosa de Souza, fez o uso de um carro de som para denunciar a violência sofrida pelas vítimas. “Essas duas adolescentes foram retiradas do convívio social, ameaçadas de morte e agora vivem presas enquanto os responsáveis por esse crime estão livres. Não podemos deixar que tudo isso passe sem a revolta da sociedade, sem que os órgãos competentes responda à violência gritante que vem sendo sofrida pelas mulheres, em nosso estado”, protestou.
“Para nós a impunidade ajuda na banalização da violência à mulher. Então exigimos justiça como um marco. E defendemos que violência se trata com a culpabilidade dos agressores, ou seja, com cadeia”, reforçou a coordenadora da UBM, na Bahia, Daniele Costa. Ela explicou ainda que é preciso mais empenho do governo estadual em ampliar a rede de atenção, tendo em vista o déficit de delegacias de atendimento à mulher (DEAMs), varas especiais e centros de referência em todos os municípios com mais de 100 mil habitantes, no estado.
Durante o ato, foram distribuídos panfletos convocando a sociedade a participar do debate. A ação ganhou o apoio da população que transitava pelo centro de Salvador. A técnica em enfermagem, Rita Conceição, disse estar surpresa e satisfeita com a manifestação. Ela aproveitou para prestar solidariedade às vítimas. “Dou apoio total. Nesse caso toda mulher deve ser solidária, pois eles não podem sair impunes”. Já o segurança Marcelo Santos defendeu que a justiça suspenda os shows da banda até a conclusão do caso. “Venho acompanhado desde o início e acho um absurdo. Pra quem tem filha adolescente, como eu, é revoltante”, afirmou.

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