quarta-feira, 27 de junho de 2012
II Encontro de Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária.
Entre os dias 3 e 6 de julho, de 2012, acontece o II
Encontro de Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária. O Encontro
será sediado no Teatro Caetano Veloso, da Universidade do Estado da
Bahia, no Cabula.
O evento faz
parte do processo da pesquisa que se desenvolve no bairro do Cabula e
bairros adjacentes, numa perspectiva de integração dos diversos
sujeitos sociais que compõem o universo do estudo. É a segunda vez que
se realiza o encontro, aprofundando e sistematizando com mais vigor as
atividades integrativas, tanto do ponto de vista do conhecimento,
quanto das ações propriamente ditas, com a participação efetiva das
Associações de Bairros, das Cooperativas de Produção e das Associações
Culturais, tanto dos Movimentos Musicais, quanto de Teatro,
Artesanato, e outros, buscando dar visibilidade e reconhecimento às
diversas produções sociais, políticas e culturais que se
desenvolvem no entorno de Salvador.
Esta pesquisa tem
possibilitado a Universidade através dos diversos professores,
estudantes e pessoas que formam a população dos diversos envolvidos
neste processo, uma rica experiência de produção de conhecimento e
outros modos, contribuindo para sua legitimação na sociedade.
Além
das conferências e relatos de experiências, serão feitas oficinas de
trabalho e também acontecerão a I Mostra de Produção Cultural Arte no
Cotidiano, e a IV Mostra Cultural Arte no Cotidiano.
São esperados
mais de 600 participantes, sendo as inscrições feitas no local, antes
das atividades. Apenas os expositores e artistas deverão manter contato
prévio com a produção do evento.
De acordo com a coordenadora do
projeto, Francisca de Paula, o encontro objetiva estimular o
cooperativismo dentro das comunidades de bairros populares de Salvador,
sensibilizando-os quanto à sua cultura, atrativos turísticos e legado
de gerações, predominantemente, das etnias, negra e indígena.
EIXOS TEMÁTICOS :
http://turismodebasecomunitaria.wordpress.com/eixos-tematicos/
Evento: Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária
Quando: 3 a 6 de julho de 2012
Local: Teatro Caetano da Universidade do Estado da Bahia
Contatos:
(71) 3117-2320
rtuarss@gmail.com
Mulheres articulam atividades na sede da SPD
Representantes do Movimento de Mulheres Negras da Bahia , reuniram-se na tarde desta terça (26/06), às 16hs, na Spd Sociedade Protetora Dos Desvalidos para finalizar as articulações feitas para as atividades realizadas em Salvador em comemoração pelo Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha , realizado no mês de Julho. Agradecemos aos dirigentes Osvalrizio Espirito Santo e equipe da SPD pelo acolhimento em nossa reunião preliminar.
terça-feira, 12 de junho de 2012
25 de Julho de 2012 -Dia Municipal da Mulher Negra
Na última sexta-feira (06/06/12),em reunião da ECOPA, surgiu a proposta de
juntos FIEMA, SPM e SEMUR construírem uma agenda comum para o mês de
julho em homenagem ao 25 de Julho Dia Municipal, Latino Caribenho da
Mulher Negra.As reuniões preparatórias para o "25 de Julho de 2012 -Dia
Municipal da Mulher Negra" já possuem calendário e ,neste
sentido,convidamos a todos os interessados para participarem na sede da
SPM Salvador.
Ciclo de Reuniões :
24/07 SPM/SSA
25/07 SEMUR
26/07 SPM/SSA
31/07 FIEMA
Informações: Fiema Secult Contato: 71 2105 2745 ou 71 99465117 ou 8782 9407 (Rose Rozendo)
Oficina: Bricolagens Digitais
Muitas representações das mulheres na mídia criam estereótipos a
partir de imagens que sugerem a mercantilização do corpo e coisificação
das mulheres. Mas, à revelia dessa representação hegemônica como objetos
de consumo, há muitas mulheres ativas e atentas aos conteúdos e imagens
veiculados sob a perspectiva de gênero na mídia. Nem sempre satisfeitas
com essas representações, as mulheres tem pautado o debate público e
algumas reclamações junto a órgãos reguladores tem surtido efeito, como
nos casos de propagandas da marca de lingerie Hope e da cerveja Devassa,
em que houve intervenção do Conar (Conselho Nacional de
Autoregulamentação Publicitária) e da Secretaria de Políticas para
Mulheres. A proposta desta oficina inspirada no princípio do
faça-você-mesma – é de intervir diretamente em conteúdos publicados na
internet, criando novas representações mais próximas do que as mulheres
da oficina desejam ver. Serão usados softwares tais como Gimp, Inkscape,
Agave, editor de texto e internet.
Metodologia
Carga Horária: 12h. aulas, A oficina foi adiada para os dias 18,19 e 20 de junho, entre as 14 e as 18h (três sessões),por motivos de saúde da docente. Por favor, quem já mandou inscrição, re-envie confirmando disponibilidade para realizar o curso na nova data. Ainda há vagas! Inscrições até dia 15/6.
Público: 12 vagas (para mulheres)
Docente: Thaís Brito. Jornalista e pesquisadora com atuação nas áreas de tecnologias, mídias e culturas digitais. É organizadora da publicação web Contracultura Digital, realiza o Cine Kurumim: Mostra Audiovisual Indígena e o Espalha a Semente: Software Livre em Aldeias.
Inscrições: Envie mensagem a ciberfem@gmail.com, até o dia 15 de junho, indicando:
Organiza: Labdebug. Projeto de Pesquisa e Extensão
“Mulheres e Tecnologia: teorias e práticas na cultura digital”,
coordenado por Graciela Natansohn (FACOM/UFBA) e Karla Brunet
(IHAC/UFBA) com apoio do CNPQ e Fapesb.
Fórum Baiano do Livro e da Leitura
Caros amigos (as)!
A primeira Assembléia do Fórum Baiano do Livro e da Leitura será no próximo sábado, dia 16 de junho, às 9 horas, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.Esperamos
você para fortalecer nosso grupo em busca de políticas públicas
favoráveis a formação do leitor e de mediadores de leitura.
Desde
o lançamento, 28 de abril de 2012, a equipe que constitui a Secretaria
Executiva deste Fórum vem trabalhando para sistematizar e organizar a
estrutura e funcionamento dele de maneira que garanta o alcance dos seus
objetivos. Nesta perspectiva, foram definidas as metas para 2012, a
saber:
- Realizar duas mesas redondas com os candidatos à prefeitura de Salvador
- Realizar duas mesas redondas com candidatos à câmara de Vereadores
- Realizar audiência pública na câmara de vereadores e na assembleia legislativa
- Contato com parlamentares da Frente Parlamentar Mista do Livro e da Leitura
- Estabelecer articulação com pelo menos 3 municípios, por meio de Comitês Proler, Bibliotecas Públicas, Pontos de Leitura etc. para estende as ações do Fórum Baiano do Livro e da Leitura
Os Grupos de trabalhos (GTs) estão organizados seguindo os 4 eixos do Plano Nacional do Livro e da Leitura –PNLL :
- Democratização do acesso
- Fomento à leitura e à formação de mediadores
- Valorização da leitura e da comunicação
- Desenvolvimento da economia do livro
Atenciosamente,
Ladailza Teles
Assistente Social
Secretaria Executiva Fórum Baiano do livro e da Leitura
SOFIA Centro de Estudos/Biblioteca Comunitária Paulo Freire
(71) 33984336 88166446
"Questão Racial " é discutida na Rio+20
Dia 15
17h00 às 18h30 – Seminário “Questão Racial e Desenvolvimento Sustentável”
Promoção Seppir
Local: Pavilhão Brasil.
Dia 15
... - Fórum Equidade de Gênero - Pressuposto para o desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza (Tema: Igualdade de Gênero, da Diversidade Sexual e Racial)
Promoção Fiesp
Atividade no Pier Mauá
Promoção Ministério das Comunicações
Seppir
(17 a 22 de junho)
Dia 17
16h00 – Roda de Conversa: Apropriação tecnológica na perspectiva dos povos e comunidades tradicionais.
Dia 18
10h00 –Roda de Conversa “Ancestralidade Africana no Brasil” e Lançamento do livro “Contos e Crônicas do Mestre Tolomi”
Dia 19
11h00 – Oralidade e Web (as tradições conectadas via internet): Como a internet pode contribuir para o fortalecimento das tradições orais.
Dia 20
17h30 – Povos Tradicionais e Comunidades Indígenas – Valorização do conhecimento
Dia 21
10h00 – Roda de Conversa: Povos Tradicionais de Matriz Africana – Território e Desenvolvimento Sustentável.
Dia 22
11h00 – Roda de Conversa “Ancestralidade africana no Brasil” e Lançamento do Livro “Contos e Crônicas do Mestre Tolomi”.
Dia 22
16h00 – Oralidade e Web (as tradições conectadas via internet): como a internet pode contribuir para o fortalecimento das tradições orais.
Dia 19
Leaders' Forum on the future women want - Gender Equality, Women's Empowerment for Sustainable Development.
Promoção ONU Mulheres
Dia 20
17h30 às 19h30
Seminário “Povos Tradicionais e Comunidades Tradicionais: Valorização do Conhecimento”
Local: Arena Socioambiental - Parque do Flamengo
Promoção Seppir/MDS
17h00 às 18h30 – Seminário “Questão Racial e Desenvolvimento Sustentável”
Promoção Seppir
Local: Pavilhão Brasil.
Dia 15
... - Fórum Equidade de Gênero - Pressuposto para o desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza (Tema: Igualdade de Gênero, da Diversidade Sexual e Racial)
Promoção Fiesp
Atividade no Pier Mauá
Promoção Ministério das Comunicações
Seppir
(17 a 22 de junho)
Dia 17
16h00 – Roda de Conversa: Apropriação tecnológica na perspectiva dos povos e comunidades tradicionais.
Dia 18
10h00 –Roda de Conversa “Ancestralidade Africana no Brasil” e Lançamento do livro “Contos e Crônicas do Mestre Tolomi”
Dia 19
11h00 – Oralidade e Web (as tradições conectadas via internet): Como a internet pode contribuir para o fortalecimento das tradições orais.
Dia 20
17h30 – Povos Tradicionais e Comunidades Indígenas – Valorização do conhecimento
Dia 21
10h00 – Roda de Conversa: Povos Tradicionais de Matriz Africana – Território e Desenvolvimento Sustentável.
Dia 22
11h00 – Roda de Conversa “Ancestralidade africana no Brasil” e Lançamento do Livro “Contos e Crônicas do Mestre Tolomi”.
Dia 22
16h00 – Oralidade e Web (as tradições conectadas via internet): como a internet pode contribuir para o fortalecimento das tradições orais.
Dia 19
Leaders' Forum on the future women want - Gender Equality, Women's Empowerment for Sustainable Development.
Promoção ONU Mulheres
Dia 20
17h30 às 19h30
Seminário “Povos Tradicionais e Comunidades Tradicionais: Valorização do Conhecimento”
Local: Arena Socioambiental - Parque do Flamengo
Promoção Seppir/MDS
Lançamento do Vídeo "Favela Como Modelo Sustentável"
Durante a Cúpula dos Povos da Rio+20, a Comunidades Catalisadoras
(ComCat) é responsável por monitorar turistas e jornalistas as
comunidades do Rio.
Dia 15 (6a-feira): 16h30-18h30
LANÇAMENTO, FERRAMENTAS E DEBATE
Dia 15 (6a-feira): 16h30-18h30
LANÇAMENTO, FERRAMENTAS E DEBATE
Lançamento do Vídeo "Favela Como Modelo Sustentável", apresentação das ferramentas da Ecocity Builders e debate com lideranças de favelas do Rio de Janeiro. Local: (sala tenda) t1d Sal...a Dragão do Mar - Território do Futuro
Favela é mesmo um problema? Ou encontramos nelas boas práticas de sustentabilidade surgidas de forma orgânica e outras qualidades importantes para o dia de hoje? Venha ver o vídeo que a ComCat preparou desde fevereiro em 8 comunidades cariocas, seguido por um debate com as comunidades participantes.
Dia 16 (sábado): 9-11h
CONSTRUÇÃO DE UMA NARRATIVA COLETIVA DAS FAVELAS DO RIO DE HOJE
Qual a importância da narrativa coletiva construida pela sociedade em torno da "favela"? Como essa narrativa tem mudado? Onde estamos hoje? Iremos construir conjuntamente uma narrativa, baseado na participação de todos. Local: (sala tenda) t1d Sala Dragão do Mar - Território do Futuro
A dinâmica será voltada para moradores e lideranças das favelas do Rio e o público em geral. Juntos construiremos uma narrativa coletiva e legítima sobre as questões cruciais sobre as favelas do Rio do ponto de vista dos moradores das comunidades. A equipe da ComCat irá apresentar uma série de slides com imagens e frases sobre a perspectiva das favelas no Rio de hoje, e a dinâmica garantirá oportunidade para todos se envolverem.
Dias 15-29: diversos horários
VISITAS EDUCATIVAS COMUNITÁRIAS
Desde 2004, em parceria com organizações comunitárias, a ComCat vem oferecendo visitas comunitárias educativas para jornalistas, ativistas, pesquisadores, urbanistas e arquitetos de todo o mundo que desejam uma experiência mais profunda e mais envolvente no Rio de Janeiro e suas favelas. O objetivo das visitas é gerar mais conhecimento em torno das favelas do ponto de vista dos moradores das comunidades, trazendo a luz uma visão positiva e construtiva sobre as comunidades do Rio.
Em uma pesquisa realizada pela ComCat em março de 2012 em 6 cidades norte-americanas, aferimos que 79% dos norte-americanos que haviam ouvido falar em favelas mas não haviam visitado as vêem desfavoravelmente; entre os que já visitaram o resultado é que 72% as vêem favoravelmente.
A ComCat está convidando visitantes internacionais para conhecer as favelas da cidade em primeira mão durante o evento, e, assim, ajudar a equilibrar as percepções internacionais destas comunidades.
"Liberdade de Imprensa Sim!Violação aos Direitos Humanos Não!"
Pratos recheados de assistencialismo, dramaticidade, hilaridade e
musicalidade compõem o cardápio do almoço na TV baiana. Com ingredientes
que perpassam a solidariedade, o ideal de justiça e a espetacularização
da notícia, os programas de pretensões populares - que alguns chamariam
de popularescos - têm dominado a televisão da Bahia, sob o louvor de um
público grandioso e a incredulidade de profissionais que atuam nas
universidades de jornalismo e variadas especialidades do Direito.
Desde que esses programas começaram a ganhar força no Estado,
principalmente com a estreia do Programa Na Mira (TV Aratu, afiliada do
SBT), em 2008, discussões sobre os limites das abordagens jornalísticas e
reiterações dos principios que regem os Direitos Humanos passaram a ser
confrontados.
Hoje, com três programas apenas no horário do almoço (Se Liga Bocão,
na Record Bahia; Brasil Urgente, na Band Bahia; e Na Mira, na TV Aratu),
tais discussões saem das telas de TV, das universidades e dos
reguladores judiciais, alcançando as ruas. Quais são os constrangimentos
causados pela violência e pela morte? Qual o poder e dever do
jornalismo? Qual a real obrigação do Estado?
Ruas - A dona de casa Rosimeire Barbosa Santos, 45
anos, moradora do bairro de Jardim Cruzeiro (Cidade Baixa), costuma
ligar sua TV na hora do almoço e assistir ao programa "Se Liga Bocão".
Entre um intervalo e outro gosta de dar uma espiada no Bahia Meio Dia,
na emissora afiliada da Rede Globo. "Sinto que Bocão tem uma tendência
policial, indo fundo nos problemas passados nos bairros. O outro tem uma
tendência mais social. Meu controle (remoto) passeia pelos dois
canais", relata sua experiência televisiva.
De forma crítica, a dona de casa avalia que há exageros na forma com a
notícia é exposta e apresentada nos programas da Record Bahia,
considerando exagerada a forma como repórteres abordam os presos, mesmo
desconhecendo as participações dos suspeitos nos crimes.
Em contrapartida, também pontua que é por meio desta programação que
os moradores de bairros mais pobres se identificam. "Infelizmente, já vi
vários conhecidos sendo presos nestes programas. É por meio deles que a
realidade destes bairros pode ser observada", relata.
Também posicionando-se como telespectadora dos programas populares, a
trabalhadora doméstica Alda Stella Rocha da Silva, 47, moradora do Vale
das Pedrinhas, procurou a Record Bahia e TV Aratu, com a esperança de
encontrar o pai, sumido desde o dia 30 de maio. "Minha procura segue por
todos os cantos da cidade. Esses programas são a minha esperança",
desabafa.
Telas - Os relatos das ruas inspiram Pablo Reis,
diretor do programa Na Mira. "Fazemos diagnósticos diários sobre os
contéudos apresentados e, a partir disto, apresentamos pautas
contundentes. Mais do que com situações, trabalhamos com temas",
explica.
Também formado em jornalismo, o diretor de TV não nega que o programa
já tenha cometido erros, principalmente em sua gênese. "Por termos sido
o primeiro a destacar a segurança pública como tema central, acabamos
nos ajustando com a experiência. Por exemplo, se alguém era preso por
suspeita de roubo, dizia-se que era ladrão. Hoje temos maior segurança
ao tratar destes assuntos", acrescenta.
Pablo revela que o programa já assinou Termos de Ajustamento de
Conduta (TAC), por meio de exigências do Ministério Público (MP), e está
mais consciente do seu papel, respeitando inclusive quando o suspeito
de um crime não quer aparecer. "Mas, há uma coisa que sempre digo ao
repórteres: Do mesmo jeito que os direitos de quem é entrevistado deve
ser respeitado, o do jornalista não deve ser esquecido. Eu acho que não
podemos nos censurar de perguntar", argumenta.
Em meio à entrevista a pergunta: - Se o problema da segurança pública
afeta a todos - independente de classe social - por que os personagens
centrais das histórias contadas são sempre pobres e moradores da
periferia? Será que é porque esse público desconhece os direitos de
permanecerem calados?
Contundente, o diretor afirma: "Não posso falar por outras emissoras,
mas quanto ao nosso trabalho afirmo que do Corredor da Vitória à
Periperi, todos são tratados da mesma forma. Quem afirma o contrário,
critica pelo que ouve falar, não pelo que é exibido", conclui.
Misérias - Os profissionais que pesquisam este tipo
de programação - tanto nas universidades, como nas associações de defesa
dos Direitos Humanos - não só discordam do diretor de TV, Pablo Reis,
como cobram da Justiça ações efetivas de combate a exploração da miséria
humana nos programas baianos.
Segundo o jornalista Pedro Caribé, diretor nacional do Intervozes
(associação civil sem fins lucrativos) e integrante do Conselho Estadual
de Comunicação, os direitos inviduais estão acima da liberdade de
expressão. "Não consigo ver uma função social. O público acaba gostando
destes programas porque são meios por onde se veem na sociedade do
espetáculo. Eles nunca aparecem como fontes técnicas, só como
protagonistas de tragédias", considera.
Para o ativista, o discurso de que tais programas combatem a
violência não é verdadeiro. "Do ponto de vista da análise do discurso,
eles incitam comportamentos violentos ao mostrar a ideia de um "sistema
bruto", onde o que importa entre o céu e a terra é o "na mira estar
entre eles", compara os jargões.
Outra fantasia apresentada por esses programas, segundo Caribé, é de
que estão mostrando a verdade, nua e crua. "A verdade é e pode ser
construída de diversas formas. Pelo que veiculam, a vida das pessoas
pouco importa, a não ser a audiência", completa.
Macabro - Conforme o diretor da Faculdade de
Comunicação da Bahia (Facom) e coordenador do Centro de Estudos em
Análise do Discurso e Mídia (Cepad), Giovandro Ferreira, pode-se dizer
que estes programas fazem jornalismo quando se leva em conta que
reportam as novas do dia (por isso a função do repórter), comumente
relacionados a casos de segurança. "Entretanto, uma coisa é informar e
outra coisa são as notícias que são divulgadas e o deserviço que
prestam", pondera.
Além disso, o pesquisador pontua que o ser humano se interessa pela
morte, motivo que centraliza a audiência desta programação, como também
se interessa pela origem da vida e pela vida após a morte. "O problema
não é abordar estes assuntos, mas sim a forma como se aborda", salienta.
Para Giovandro, as delegacias tornaram-se locais de espetáculo
midiático. "Há uma convergência de erros em torno dessa aberração vista:
a omissão dos poderes públicos e empresas privadas (financiadores)",
avalia.
Assim como o diretor da Facom, o jornalista Caribé acredita que há
uma total inoperância da Justiça na avaliação destes programas, já que
as imagens são feitas, em grande maioria, nas próprias delegacias. Para
ele, as portarias que acabam controlando o acesso da imprensa nestes
espaços, permitem que os delegados avaliem se vale ou não que os presos
sejam expostos na imprensa. "Eles nunca entrevistariam um "rico" sem a
intermediação de advogado. Do outro lado, os programas incitam que os
pobres, suspeitos de crimes, criem provas contra si mesmo", argumenta.
Diante de tantos "palpites" - das ruas, das telas e das universidades
- faltou o argumento do Ministério Publico do Estado sobre o assunto.
Procurada pela equipe de A TARDE, a assessoria da unidade não emitiu um
parecer sobre o assunto até o fechamento desta matéria.
Fonte: Henrique Mendes (Jornal A TARDE)
"Racismo e Saúde" são discutidos em Salvador
A Secretaria Municipal da Reparação (Semur) realiza nesta quarta-feira (13), a palestra "Racismo e Saúde: Determinantes Sociais na Saúde da População Negra", voltada para a população e gestores de saúde do município. O encontro será realizado às 8h30, no auditório da Faculdade Dom Pedro II, no Comércio.
"Controle Social" é discutido em Cajazeiras X
Palestra "Controle Social (Recursos públicos / políticas públicas). O Papel do Estado e das Organizações da Sociedade Civil" com Patrícia Bernardes (Bernardes Comunicação Ssa); Sérvio Túlio Moura; Ana Paula; Luiz Cunha; Daniel Miranda, dia 16/06/12, no Pólo UNOPAR Cajazeiras – Colégio Sol Nascente. Rótula da Feirinha. Cajazeiras X. Ao lado da Loja Claro.
Horário: das 8:30h às 13h.
Realização: Construindo Ações
Cepaia discute desafios da pesquisa em Salvador
Bate-Papo:" QUAIS OS DESAFIOS DO PESQUISADOR DO SÉCULO XXI DIANTE DAS TURBULÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO DA SUA PESQUISA NA BAHIA" com Patrícia Bernardes (Bernardes Comunicação Ssa) dia 14/06/12,às 14hs, no Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio- Americanos (CEPAIA).
Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil
Foi lançada nesta terça (12/06), em Brasilia, a Campanha 2012 de combate ao trabalho infantil. Com o tema "Vamos Acabar com o Trabalho Infantil em defesa dos Direitos Humanos e da Justiça Social", a mensagem convoca a comunidade, governos, empregadores e trabalhadores a se mobilizarem para a proteção de crianças e adolescentes contra este tipo de prática ilegal. A atividade marca o dia mundial de combate ao trabalho infantil e foi lançada em parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
Mapa da Violência 2012 revela que 91 mil mulheres foram assassinadas de 1980 a 2010
enviado por
Colegiado do Metropolitano de Salvador
Território do Metropolitano de Salvador (TMS)
Território do Metropolitano de Salvador (TMS)
Como
complemento do Mapa da Violência 2012, o Instituto Sangari divulgou há
poucos dias um caderno especial sobre homicídios de mulheres no
Brasil. Devido à relevância e gravidade do assunto, o Instituto
preparou um material específico para alertar e informar a sociedade
brasileira e o poder público sobre esta problemática.
O Caderno
Complementar Homicídios Femininos no Brasil fez um histórico dos
assassinatos de mulheres ocorridos de 1980 até 2010 é constatou que
foram assassinadas no Brasil quase 91 mil mulheres, 43,5 mil só nos
últimos dez anos. De 1980 a 2010 o número de assassinatos passou de
1.353 para 4.297, aumento de 217,6% na quantidade de vítimas fatais.
Os
crimes apresentaram um crescimento maior até o ano de 1996. A partir
deste ano, as taxas foram se estabilizando em torno de 4,5 homicídios
para cada 100 mil mulheres. O relatório destaca ainda que em 2007, ano
em que a Lei Maria da Penha entrou em vigor, os assassinatos
apresentaram uma leve queda, mas rapidamente as cifras anteriores foram
retomadas.
Em 2010 foram 4.297 casos, o que representa uma média
de 4,4 assassinatos por 100 mil mulheres. Com essa cifra, de acordo
com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil se insere na
7ª posição em uma lista com 84 países. Nos primeiros lugares estão El
Salvador, com taxa de 10,3 homicídios para cada 100 mil mulheres,
Trinidad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e
Belize (4,6).
O Estado que puxa o Brasil para a 7ª posição é, em
primeiro lugar, o Espírito Santo, já que apresenta mais que o dobro da
média brasileira com taxa de 9,4 homicídios em cada 100 mil mulheres. A
região é seguida por Alagoas (taxa de 8,3 em cada 100 mil mulheres),
Paraná (6,3), Paraíba e Mato Grosso do Sul (ambos com taxa de 6,0).
Na
outra o ponta Piauí, com taxa de homicídios de mulheres de 2,6, é o
Estado com o menor índice de assassinatos. Junto a esta região vem São
Paulo (taxa de 3,1), Rio de Janeiro (taxa de 3,2), Maranhão (taxa de
3,4) e Santa Catarina (3,6).
Com relação aos instrumentos usados
para praticar os crimes, o relatório destaca que metade dos
assassinatos de mulheres é cometida com armas de fogo. Outros
instrumentos utilizados para o homicídio são objetos que exigem contato
direto, como objetos cortantes ou penetrantes, objetos contundentes,
além de sufocação ou estrangulamento. O Caderno Complementar também
destaca 40% dos crimes contra as mulheres são cometidos em sua própria
residência ou habitação.
O Instituto Sangari apurou ainda que até
os 14 anos de idade das vítimas, os pais são os principais responsáveis
pelos incidentes violentos. Até os quatro anos, são as mães. A partir
dos dez anos predomina a figura paterna.
"Esse papel paterno vai
sendo substituído progressivamente pelo cônjuge e/ou namorado (ou os
respectivos ex), que preponderam sensivelmente a partir dos 20 anos da
mulher até os 59 anos. A partir dos 60 anos, são os filhos que assumem o
lugar preponderante nessa violência contra a mulher, revela o Caderno
especial.
As mulheres se transformam em verdadeiras vítimas a
partir dos 15 anos e permanecem até os 29, com maior registro de
violência e assassinatos no intervalo entre 20 e 29 anos, que é o que
mais cresceu nos últimos dez anos. O relatório do Instituto Sangari
destaca que a partir dos 30 anos, a tendência é de queda.
Os dados
divulgados no Caderno Complementar do Mapa da Violência 2012 são uma
tentativa de ajudar, com informações, o poder público e demais
autoridades responsáveis a elaborarem estratégias mais efetivas de
prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher. Para isso, o
Instituto Sangari garante que vai continuar a elaborar o estudo sobre
esta problemática para que o material possa servir de subsídio aos que
trabalham em favor da causa.
Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=67161
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